Os hormônios são substâncias químicas que têm a função de regular a
atividade das células do nosso organismo. Podem ser produzidos nas
diferentes partes do corpo humano que constituem o sistema endócrino. Um exemplo é a hipófise,
localizada no encéfalo e chamada também de glândula mestre, pois
controla o funcionamento de outras glândulas; glândulas sexuais;
tireoide e paratireoide; pâncreas e glândulas suprarrenais. Também é
importante compreender que cada hormônio possui células-alvo, as únicas
nas quais ele atua.
Dentre os principais, podemos citar hormônio do crescimento, chamado
GH, folículo estimulante, ou FSH, luteinizante, ou LH, estrógeno,
progesterona, prolactina, testosterona, insulina, glucagon, adrenalina,
noradrenalina, melatonina, dopamina, serotonina, tiroxina e
antidiurético. Vamos entender um pouco sobre cada um deles.
GH – Hormônio do Crescimento
O hormônio do crescimento (GH) é produzido pela
hipófise e, como o próprio nome sugere, é responsável por regular o
crescimento do corpo. Quando há uma deficiência na produção desta
substância, a pessoa não apresenta um crescimento normal, podendo
ocorrer o nanismo quando em falta ou, quando se encontra em excesso, há
um crescimento além do comum de algumas partes do corpo, como pés, mãos,
orelhas e nariz.
Após publicação de diversos estudos científicos relacionados à este
hormônio, notou-se que bactérias também podem produzi-lo, o que levou a
usos na medicina, seja em crianças que apresentam deficiência em sua
produção e que podem não apresentar nanismo no caso da
aplicação de GH no organismo, ou de adultos que também possuem
deficiência na produção do hormônio e passam por problemas como por
exemplo aumento da quantidade de gordura no corpo e diminuição da massa
magra. Entretanto, muitas vezes o GH é utilizado em excesso,
especialmente por quem quer adquirir mais músculos com menor esforço, o
que pode levar a uma acromegalia, ou seja, crescimento excessivo de
diferentes partes do corpo, além da possibilidade de desenvolver
doenças.
FSH – Hormônio Folículo Estimulante e LH – Luteinizante
Já o hormônio folículo estimulante (FSH) age nos ovários e testículos, estimulando os processos de ovulogênese, ou seja, produção de gametas femininos, e espermatogênese, produção de gametas masculinos. O luteinizante (LH) estimula a ovulação nas mulheres e a secreção de testosterona nos homens. Ambos também são produzidos na hipófise.
Estrógeno e Progesterona – Hormônios Sexuais Femininos
O estrógeno, ou estrogênio, e a
progesterona são hormônios sexuais femininos produzidos nos ovários. O
primeiro é responsável pela formação de características sexuais
secundárias, como crescimento das mamas, dos quadris e dos pelos
pubianos, bem como pela diferença no tom de voz.
Além disso, ele é responsável pela formação do endométrio durante o
ciclo menstrual, o qual se desprende quando nenhum espermatozoide
fecunda um óvulo e ocorre a menstruação, ou não se desprende e é o local
onde ocorre a nidação, quando o óvulo é fecundado. A progesterona
também atua na formação do endométrio, sendo responsável por seu
desprendimento. Já a prolactina, produzida na hipófise, atua na produção
de leite.
Testosterona – Hormônio Sexual Masculino
A testosterona, produzida nos testículos, é um
hormônio sexual masculino, responsável pela formação de características
sexuais secundárias, pela produção de espermatozoides e pelos genitais
externos.
Insulina e Glucagon
A insulina é o hormônio que estimula a captação de glicose pelas
células, diminuindo sua concentração na corrente sanguínea. Já o
glucagon estimula a liberação da glicose no sangue, aumentando sua
concentração. O termo glicemia, que refere-se justamente a concentração
de glicose na corrente sanguínea, está fortemente relacionado a estes
dois hormônios.
Adrenalina e Noradrenalina
A adrenalina e a noradrenalina são
produzidas na medula adrenal e secretadas pelas suprarrenais. Atuam no
estímulo do sistema nervoso simpático, principalmente em caso de medo,
estresse ou fortes emoções.
Enquanto a adrenalina prepara o corpo para possíveis ações de defesa
nas circunstâncias que geraram medo ou estresse, a noradrenalina mantém a
pressão sanguínea constante.
Melatonina
A melatonina atua na regulação do nosso metabolismo
durante o dia e a noite. Este hormônio é responsável pela regulação do
sono e, em alguns laboratórios é fabricado artificialmente e vendido
para pessoas que sofrem de insônia ou outros problemas relacionados ao
sono, lembrada que a venda de tais produtos não é permitida no Brasil.
Dopamina
A dopamina é o hormônio responsável pela sensação de
bem-estar e é liberada depois da prática de esportes e atividades
físicas ou da prática sexual, por exemplo. Fazer exercícios proporciona
maior disposição devido à liberação deste hormônio no corpo, que quando
encontra-se em níveis baixos, causa a sensação de “menos energia” para
realizar as tarefas do dia a dia.
Serotonina
A serotonina atua de diversas formas no organismo.
Ela é responsável por regular o humor, o sono e o apetite. Níveis de
serotonina abaixo do normal podem gerar problemas como ansiedade,
depressão e enxaqueca, além de quadros relacionados a falta de sono e de
apetite. Os alimentos ricos em triptofano e a prática de atividades
físicas aumentam a concentração deste hormônio no organismo,
justificando a importância de comer alimentos como carne, peixe, leite e
ovo por exemplo.
T4 – Tiroxina e T3 – Tri-iodotironina
A tiroxina, também conhecida como T4, e a tri-iodotironina, conhecida como T3,
são produzidas pela tireoide e atuam em diferentes partes do corpo,
como cérebro, coração, intestino, músculos e ossos, regulando o
metabolismo, e tanto a falta quanto o excesso geram problemas ao
organismo. Quando o hormônio encontra-se em quantidade menor que a
normal ocorre o hipotireoidismo e, em quantidade maior, ocorre o
hipertireoidismo.
ADH – Hormônio Antidiurético
O hormônio antidiurético, também chamado ADH ou vasopressina, age nos
rins e regula a retenção de água no corpo, proporcionando um equilíbrio
osmótico e regulando a pressão arterial.
É possível observar, portanto, que os hormônios atuam de diferentes
maneiras do nosso corpo e estimulam as células a desempenhar distintas
funções. É fundamental entender como cada um deles age e as diferenças
entre eles.
Há como associá-los aos hormônios vegetais, que estudamos no artigo
anterior, e entender as semelhanças entre as plantas e os animais em
relação a estes estímulos. Nos dois casos, alguns hormônios podem ser
produzidos natural ou artificialmente e estes últimos podem ser
vantajosos ou desvantajosos. Os hormônios humanos podem ser produzidos
artificialmente e utilizados no controle de doenças ou distúrbios do
corpo, entretanto, também podem ser utilizados em excesso, seja
aumentando a massa muscular, perdendo peso ou perdendo gordura.
Portanto, é preciso entender como eles funcionam e utilizar da forma
correta, de modo a não causar danos ao organismo.
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